Terapia do Silencio

Quando nos propomos a purificar nossa mente, o resultado final que todos os “iluminados” dizem é um estágio de amor incondicional por tudo e por todos.

Esta realidade para quem está no início do caminho, parece muito distante transcendental, mágica e difícil de entender.

Me perguntam:

Como posso amar à todos?

Porque quando vejo as pessoas na rua não consigo sentir todo este amor dentro mim?

Este tipo de dúvida é muito comum, pois provavelmente a pessoa está buscando uma determinada sensação que lhe caracterize o amor.

Amar não é sentir sensações prazerosas que lhe tragam alegria.

Amar é ter consciência do todo é dar liberdade para que cada indivíduo atue dentro de sua natureza, mesmo que algum ato não lhe pareça correto. O julgamento do que é certo ou errado é apenas parte de sua identificação com seu ego. Amar é confiar que tudo está perfeitamente ajustado e que cada indivíduo está passando pelos as experiências certas e necessárias para a sua próprio evolução. Nosso papel é apenas observar e apreciar a diversidade da natureza humana.

Osho tem uma frase que gosto muito e clarifica um pouco mais a ideia do amor:

“Se você ama uma flor, não a colha. Porque, se você colhe-la ela morre e deixa de ser o que você ama. Então se você ama a flor, deixe-a estar. O amor não está na posse, o amor está na apreciação”

Coloque isso em prática e veja os resultados dentro de sua própria experiência.

A transformação passa primeiramente pela mudança dos condicionamentos internos. Para fazer a imagem em um espelho sorrir você obviamente não pode manipular a reflexão, você tem que realizar o você que é a fonte autêntica da reflexão. Uma vez que você realiza o eu autêntico, não significa que as coisas no exterior necessariamente precisam mudar. O que muda é a energia interior, consciente, inteligente, que o liberta dos padrões antigos. Você só pode tornar-se consciente do propósito da alma quando for capaz de observar o seu eu condicionado com suas intermináveis perseguições e deixá-las ir embora sem medo. É neste estado de consciência que o amor se torna incondicional para tudo e para todos.

Fotos: Mauro Mora e Sabine Schulte